Dicionário Informativo

 

DICIONÁRIO INFORMATIVO (EM CONSTRUÇÃO)

 

Este dicionário, como o nome diz, está em construção. Nunca o daremos como construído, como completo. Começa com poucos vocábulos e, na medida do avanço do tempo e de minhas possibilidades, terá seu vocabulário paulatinamente enriquecido. Terá como característica uma dinamicidade que permitirá que seja mantido sempre atualizado com os novos conhecimentos e avanços científicos que forem ocorrendo. Caso seja encontrado algum erro, peço a quem o encontrar, que por favor me comunique para que eu possa corrigi-lo, pelo que antecipadamente agradeço. (Vide vocábulo Dicionário).

Abelhas: insetos sociais que tem a capacidade de reverter, naturalmente, o processo de envelhecimento. Assim, as abelhas velhas podem, se necessário para a colméia, isto é, sob certas condições, tornar-se jovens de novo. É a única espécie animal conhecida, que possui esta capacidade. Esta descoberta é mencionada por Deepak Chopra em seu livro "Corpo sem idade, mente sem fronteiras", publicado em 1993, no Brasil em 1995 pela Editora Rocco. Chopra atribui a descoberta a Gene Robinson, da Universidade de Illinois, em seu trabalho de pesquisa com abelhas. A longevidade das abelhas operárias é variável, de 60 dias a 7 meses. A longevidade da rainha vai até 6 anos. Este autor encontrou explicações para estes fenômenos, as quais podem ser encontradas em "Desenvelhecimento" (livro) e em "Desenvelhecimento é Possível?" (artigo deste site, resumo dos principais pontos do livro). 

Alvin Silverstein: criador do conceito de Emortalidade, em 1979, quando presidente do Departamento de Ciências Biológicas da Faculdade de Staten Island - Universidade de Nova Iorque. É dele o parágrafo abaixo:

“As pessoas (no futuro) poderão viver durante centenas, até milhares (negrito nosso) de anos, possuindo mocidade vigorosa e mente ágil e ativa, durante toda a vida. (...) No mundo de emortais, a vida há de adquirir nova significação e, pela primeira vez, preocupar-nos-emos genuinamente com a qualidade da vida. Lutaremos para banir a dor e a pobreza. Não haverá mais ‘velhos’, pois os conhecimentos que permitirão a conquista da morte hão de trazer consigo também a eterna juventude". Vide Emortalidade. 

Amdam: vide Gro Amdam

Aranha:

Aubrey de Grey:

Beauvoir: vide Simone de Beauvoir.

Caenorhabditis elegans: verme nematódeo usado para o estudo da biologia do envelhecimento.

Carlo Montemagno: vide nanocóptero

Chopra: autor de "Corpo sem idade, mente sem fronteiras" (1993), onde aborda a questão do envelhecimento desde uma perspectiva da consciência, usando conceitos retirados da física quântica e desta forma tentando abrir caminho para uma "alternativa quântica para o envelhecimento". 

Cientifiquês: termo usado para designar as linguagens usadas em alguns dos principais periódicos técnicos, linguagens estas que mascaram o poder do significado das novas descobertas para uma pessoa sem acesso ao linguajar científico (definição extraída de "A Cura Espontânea pela Crença" de Gregg Braden - Editora Cultrix - 2023 - pág. 14) 

Clive M. McCay: vide McCay.

Cornaro, Luigi: veneziano que escreveu, no século XVI um livro sobre saúde e longevidade. Quanto tinha cerca de 50 anos ficou doente e os médicos lhe prognosticaram poucos meses de vida. Por conta própria resolveu mudar radicalmente seus hábitos de vida, enfatizando mudanças de hábitos alimentares, tornando-os mais saudáveis. Curou suas doenças e viveu com saúde, lúcido e ativo até os 98 anos (Desenvelhecimento, pág. 45). Vide Índice de Cornaro.

Deepak Chopra: vide Chopra.

DePinho: vide Ronald dePinho.

Des: prefixo latino que significa ação contrária. Temos assim, como exemplos, desengordurado, significando tirar a gordura de algo, desnatado significando tirar a nata do leite, etc. No sentido usado por este autor em desenvelhecimento, significa tirar o envelhecimento, anulá-lo. No sentido em que foi usado pela primeira vez, significava a inversão na população, por exemplo, de uma nação, quando a população, antes mais numerosa em idosos, passava a ser mais numerosa em jovens, dizia-se então que a população tinha desenvelhecido.

Desenvelhecimento: título de livro deste autor, lançado em 1999, onde o mesmo sustenta, baseado em ampla argumentação, que o envelhecimento, longe de ser um processo natural e irreversível, é uma doença passível de reversibilidade. Em novembro de 2010, pesquisadores do instituto de Câncer Dana-Farber, da Escola de Medicina de Harvard (USA) publicaram um estudo em que conseguiram, pela primeira vez, embora não fosse este o objetivo inicial da experiência, reverter o envelhecimento em ratos (vide ratos desenvelhecidos). Este experimento foi feito usando técnicas de Engenharia Genética (vide Engenharia Genética) e provou de forma inconteste, que o envelhecimento é reversível. A experiência destes pesquisadores simplesmente demoliu o dogma científico e cultural de que o envelhecimento é um processo natural e irreversível. Mais do que nunca, é chegada a hora de, como um corpo social que somos, repensarmos nosso modelo de organização social, construído e sustentado sobre uma longevidade média em vias de ser largamente estendida. Novas descobertas científicas, dependendo de sua natureza, requerem novos modelos de organização social e econômica, e porque não pensarmos um pouco mais além, talvez requeiram também novos modelos de organização política. Mudanças de grande porte estão despontando no horizonte, a sociedade(nós) precisa(amos) acordar a tempo de se(nos) preparar(mos) de forma organizada e adequada para este porvir.

Desnutrição: o prefino latino des significa ação contrária, privação, negação. Portanto, desnutrição significa literalmente, ausência de nutrição. Mas o prefixo tem também o significado de transformação, sendo neste sentido que é usado em desnutrição, significando nutrição transformada, no sentido usual querendo dizer nutrição ruim, errada ou distorcida (Desenvelhecimento, pág. 218). 

Dicionário: a definição clássica de dicionário é um conjunto de vocáculos, que podem ser de uma língua, uma ciência, uma arte, uma profissão, um tema, etc., dispostos em ordem alfabética e seguidos de seus significados. Este dicionário conserva a estrutura dicionária (ordem alfabética e os respectivos significados). Porém o conteúdo é extensivo e abrangente, estando de acordo, primeiramente, com o foco da pesquisa do autor, na ordem, como foi colocada em "Aviso legal", isto é, a questão do envelhecimento, das causas dos transtornos psiquiátricos, das doenças de modo geral e do comportamento dito normal.

Em segundo lugar, de forma extensiva, estando igualmente de acordo com a potencial complexidade temática decorrente do impacto dos temas acima em todos os setores de nossa sociedade. Desta forma, o conteúdo deste dicionário foge dos contextos tradicionais de apresentação, adquirindo uma "personalidade" ou um estilo próprio, que obviamente só pode ser o de seu autor.

Em terceiro lugar, há uma diferença quanto aos significados dos termos aqui colocados. Além dos muitos nomes próprios que também comporão este corpo dicionárico, os significados vocabulares serão informativos e explicativos, dentro do possível neste contexto. Estas diferenciações tornam este dicionário, basicamente, um Dicionário Informativo.

Dis: prefixo grego que significa "mau estado", "dificuldade". Tem o sentido de perturbação, como exemplos temos: disforme, disfunção, dislalia, etc.

Disnutrição: conceito criado pelo autor, com o prefixo dis, para significar nutrição em mau estado, em dificuldade, perturbada, errada, desencaminhada, etc. Desnutrição também tem este significado, já que seu sentido mais usual é nutrir mal, distorcidamente; este sentido para desnutrição resulta de o prefixo des significar, também, transformação. Ocorre aqui que desnutrição tem dois significados, o de privação e o de distorção, mas esta distorção é proveniente do significado de transformação de des. Porém, transformação é por si só um conceito neutro, já que algo pode se transformar no bom ou no mau sentido. Agora distorção é transformação no mau sentido apenas, disso decorrendo que o segundo significado para desnutrição, apesar de usual, não é preciso. Já o conceito de disnutrição carrega a precisão, uma vez que o prefixo contém o sentido da transformação negativa, ruim, do mal, da dificuldade, do erro. Foi criado, assim, este conceito, para preencher uma lacuna precisional na área da nutrição, um campo até hoje repleto de imprecisões e distorções (Desenvelhecimento, pág. 219).

Drexler, K. Eric: criador do termo nanotecnologia, na década de 1970.

Elixir da juventude: este sonhado elixir ainda não existe. Mas volta e meia aparece algum cientista em algum lugar do mundo anunciando que o descobriu. O anúncio mais recente vem da Rússia. O estudo com células tronco é a vedete da medicina regenerativa, ou engenharia regenerativa. No dia 06.02.13 o diretor-geral  de uma companhia russa, Andrei Artamonov, de Novossibirsk, anunciou à rádio "Voz da Rússia" ter desenvolvido um preparado, que chamou de G5, que "obriga a medula óssea humana a produzir novas células-tronco, capazes de encontrar e de recuperar órgãos afetados". Na mesma matéria Artamonov declarou que "O novo método medicinal consiste em tentar obrigar o próprio organismo a se recuperar à conta de suas reservas" (negritos meus). Segundo a matéria da Voz da Rússia, O G5 já teria passado por ensaios pré-clínicos e deverá  em breve passar por testes clínicos, podendo estar no mercado dentro de um ano e meio, portanto lá por agosto ou setembro de 2014. Vamos aguardar.

Vale lembrar que em março de 2007 outro russo, Mikhail Shchepinov já tinha anunciado que tinha descoberto o elixir da juventude, a revista "New Scientist" tratou da questão. Seu elixir consistia em beber água pesada, cuja fórmula é D20, onde o hidrogênio é substituído por um isótopo de massa atômica 2, em vez de 1, chamado de deutério. Ainda estamos aguardando. (Veja também ´"Pílula da juventude").

Outro russo, Vladimir Khavinson, também autoridade mundial em medicina da longevidade, da Universidade de São Petersburgo, Rússia, que esteve em outubro de 2011 no Brasil, participando do I Congresso de Medicina da Longevidade, também prometeu para pouco tempo o elixir da juventude, com um tratamento a base de moléculas formadas por peptídeos que atuariam sobre a expressão gênica (epigenética), que poderiam reverter o processo de envelhecimento. Segundo ele os hormônios produzidos pelo timo e pela glândula pineal, timosina e melatonina, respectivamente, seriam essenciais para a manutenção da juventude. O tratamento consistiria em injeções subcutâneas de peptídeos biorreguladores que atuariam na síntese destes dois hormônios. Disse acreditar que "Em 2020, meus preparados rejuvenescedores estejam sendo amplamente utilizados" (Fonte Instituto Ciência Hoje, onde foi publicada a matéria em 21.11.2011).

Outra via de promessa de acesso ao caminho dourado para se chegar ao elixir da juventude é a genética. Uma proteína chamada de Sirt3, descobriu-se, auxilia as células-tronco a lidar com o estresse. Esta classe de proteínas atua na regulação do envelhecimento. Em pesquisa conduzida por Danica Chen e equipe, da Universidade da Califórnia em Berkeley, segundo publicado na revista "Cell Reports", em 31.01.2013, foi estimulada a formação de novas células sanguíneas após a infusão de Sirt3 nas células tronco do sangue de camundongos mais envelhecidos, que estavam com deficiência de células tronco jovens. Segundo a pesquisadora, "ainda é cedo para afirmar se a Sirt3 pode realmente prolongar a vida". O objetivo principal no momento é utilizar esse conhecimento para tratar doenças degenerativas, segundo a mesma. No entanto, em vários sites de notícias da internet foram anunciados que se havia conseguido o rejuvenescimento de ratos ... (Fonte veja.com - 01.02.2013).

Ellen Langer: pesquisadora que juntamente com sua equipe, em 1979, em Harvard, fez uma experiência com um grupo de idosos com mais de 75 anos. Todos foram submetidos a uma bateria de exames para compilar um perfil para cada um dos participantes, com o objetivo de avaliar suas idades biológicas. Após a experiência de uma semana, 5 dias úteis, foram novamente submetidos a nova bateria de exames, para fins comparativos. Além dos benefícios detectados nos exames feitos, um grupo de avaliadores imparciais avaliou suas fotos de antes e depois, concluindo que as fotos do depois os apresentavam visivelmente mais jovens, em cerca de 3 (três) anos. 

Esta foi a primeira experiência científica de rejuvenescimento de que se tem notícia. Estranhamente, quando escrevi meu livro, em 1999, de todos os livros pesquisados, apenas o do Chopra a mencionava. Parece que seu trabalho não foi reconhecido na época. Muitos anos depois, houve  reconhecimento. Aqui vai o link de uma matéria recente, abril de 2015: http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/poder-da-sugestao-pode-o-cerebro-curar-e-impedir-o-envelhecimento=f817462 

Emortalidade: conceito criado por Alvin Silverstein para designar uma situação onde as doenças, inclusive o envelhecimento, não mais existiriam. A morte continuaria sendo inevitável, mas somente ocorreria por acidentes, jamais por causas "naturais". Atingido este patamar de desenvolvimento poderíamos viver centenas, até milhares de anos, com o corpo físico se mantendo em eterna juventude (Alvin Silverstein em "Conquista da morte", em 1979. Os negritados sãos meus).

Engenharia comportamental: denominação dada pelo autor a técnica desenvolvida pelo mesmo a partir de seus estudos apresentados em "Desenvelhecimento". Ainda não testada pelo alto custo e pelas enormes dificuldades operacionais que apresenta. Estes problemas tentarão ser contornados pelo Projeto Desenvelhecer, que envolverá a criação da Fundação Desenvelhecer, a qual, se viabilizada, poderá dar o suporte necessário para que o projeto venha a ter existência concreta.

Engenharia genética: campo de estudo e pesquisa trazido à luz em 1953 pela descoberta de Watson e Crick da estrutura do DNA. Teve como ponto culminante a conclusão do Projeto Genoma em 2003, que por sua vez propiciou o lançamento do Projeto Epigenoma Humano, alguns anos depois. Como toda descoberta de grande porte, a de Watson e Crick suscitou esperanças legítimas e fantasiosas. As legítimas vêm, pouco a pouco, mas num ritmo cada vez mais rápido, proporcionando experiências cada vez mais ousadas que hoje, com a possibilidade teórica de clonagem humana, se localizam nas fronteiras da ética. Foi este campo de estudo que permitiu a existência de bebês de proveta e clonagem de animais, foi também graças a estes conhecimentos que em novembro de 2010 pesquisadores de Harvard puderam publicar que tinham revertido o envelhecimento em ratos de laboratório previamente modificados geneticamente. É uma área para onde se dirigem muitos holofotes científicos e onde muitos pesquisadores fazem suas apostas a respeito do futuro da questão do envelhecimento. Curiosamente um dos expoentes da gerontologia, o inglês Aubrey de Grey, que pertence ao Departamento de Genética da Universidade de Cambridge, tendo também formação em Ciências da Computação, dedica sua atenção principal não à engenharia genética, mas à engenharia regenerativa (ou medicina regenerativa).

Engenharia epigenética: sub produto da engenharia genética que ganhou projeção científica principalmente depois da conclusão do projeto genoma em 2003, quando houve uma decepção dos geneticistas que projetavam, devido à grande complexidade do ser humano, um número elevado de genes para o genoma humano. Descobertas da biologia molecular de que genes podiam ser desligados ou ligados, ou silenciados e ativados, mostraram que não bastava a simples existência de um gene para que sua expressão fenotípica ocorresse. Era necessário a existência do gene e também de moléculas ativadoras deste gene, ou a inexistência de moléculas que o silenciassem. Esta atuação sobre (epi=sobre) os genes é chamada de epigenética. Quando o gene é passível de ser ativado ou silenciado o trabalho sobre o mesmo é denominado de engenharia epigenética. Quando a simples existência do gene é suficiente para sua expressão fenotípica entramos no campo da engenharia genética. Colocando de uma forma mais simples: quando é necessário agir sobre o gene antes da formação do embrião, estamos no campo da engenharia genética. Quando é possível agir sobre o gene depois da formação do embrião, isto é, depois da concepção, seja durante a fase gestacional, ou depois do nascimento, na infância, adolescência, adultez ou velhice, estamos no campo da engenharia epigenética. No trabalho que resultou no desenvelhecimento dos ratos, a ação se fez na vida adulta, na velhice dos ratos, mas a atuação não foi sobre os genes produtores da telomerase, o que fizeram foi administrar telomerase aos ratos. A alteração genética foi feita antes dos ratos serem gerados, foi portanto um trabalho de engenharia genética. Se a ação tivesse sido de ativar os genes produtores da telomerase, teria sido um trabalho de engenharia epigenética.

Engenharia metabólica:

Engenharia regenerativa:

Envelhecimento: processo de perda progressiva e lenta que tem início aproximadamente aos 25 anos no ser humano, que ocorre a nível celular, e que leva com o avançar do tempo a degenerações anatômicas (ou morfológicas) e/ou funcionais (hormonais, neuroquímicas) dos diversos órgãos do corpo, com isso acarretando limitações funcionais crescentes e finalmente a morte do organismo, por falência de algum órgão vital. Até há pouco tempo era crença unânime, popular e científica, de que era um fenômeno natural e irreversível. No final do século passado já começaram a aparecer estudiosos que defendiam uma posição diferente, no sentido de que o processo poderia ser reversível. Em novembro de 2010 cientistas americanos conseguiram reverter o envelhecimento em ratos, o que provou que o fenômeno, realmente, não é irreversível (vide Ronald dePinho). Também se acreditava que era um fenômeno universal, comum a todos os seres vivos, animais ou vegetais. A este respeito, há décadas se sabe que existem animais que não envelhecem, fato este ainda não totalmente aceito por muitos especialistas, como podemos ver claramente num autor brasileiro de renome, por quem tenho muito respeito, que escreveu em seu Tratado de Gerontologia (segunda edição revista e ampliada, editora Atheneu, 2007), à página 4, corretamente, que o envelhecimento é um fenômeno universal e comum a quase todos os seres animais, para se desdizer, escrevendo incorretamente logo adiante, na página 34, que o envelhecimento é comum a todos os seres vivos animais.

Envelhecimento focalizado: conceito introduzido por este autor em "Desenvelhecimento" (pág.88), segundo o qual todas as doenças seriam formas focalizadas de envelhecimento. Este mesmo conceito foi, em sua forma operacional, usado por Michael F.Roizen em sua obra "Idade Verdadeira" (Real Age), ao tratar do envelhecimento arterial (pág.76) e do envelhecimento do sistema imunológico (pág.99). O raciocínio deste autor fica fácil de entender se fizermos uso de uma metaforização: a eletricidade é o fenômeno físico comum por trás do funcionamento de um computador, de uma geladeira, de um secador de cabelos ou uma serra elétrica. Da mesma forma o envelhecimento é o fenômeno biológico patogênico básico e comum por trás da doença coronariana, do diabetes, do câncer, dos derrames, da artrite reumatóide, das artroses, dos cabelos grisalhos e assim por diante. Ora, os mesmos fenômenos, a eletricidade ou o envelhecimento, se apresentarão na forma final de maneiras diferentes em função de que tipo de aparelho, mecânico (geladeira ou computador, por exemplo) ou biológico (fígado, pulmão ou cérebro, p.ex.), está na ponta final do processo.

Assim, quem morre de cirrose hepática, por exemplo, morre de envelhecimento focalizado do fígado, quer a causa macroscópica seja o álcool ou um vírus ou outra droga qualquer. Quem morre de infarto (acidente vascular coronariano) ou derrame (acidente vascular cerebral), morre de envelhecimento focalizado do sistema arterial. Se o sujeito morre de câncer de pulmão, a morte foi por envelhecimento focalizado do pulmão, quer a causa seja o fumo ou uma pré-disposição genética, ou os dois associados. E assim por diante. Isto é, com exceção das mortes acidentais e da falência múltipla de órgãos por idade avançada (envelhecimento generalizado), todas as outras mortes são decorrentes de envelhecimento focalizado, qualquer que seja a causa. 

Envelhecimento generalizado: é o envelhecimento em si mesmo, como vimos acima na definição. O que significa que esta causa de morte só se manifesta nas poucas pessoas que conseguem atingir uma idade avançada sem sucumbir, antes, a qualquer tipo de acidente ou a qualquer forma de envelhecimento focalizado. 

Envelhecimento precoce: existem doenças chamadas Progérias em que o envelhecimento generalizado se manifesta precocemente, fazendo com que crianças, de ambos os sexos e de qualquer raça, tenham um tempo médio de vida de 12 a 13 anos. Devido à idade em que morrem de velhice, não atingem a fase reprodutiva da vida. São consideradas doenças de origem genética e são muito pesquisadas pela ciência. Recentemente foi publicado na revista Nature no final de novembro de 2010, um trabalho em que cientistas de Harvard, liderados por Ronald dePinho, fazendo experiências em ratos com progéria, obtiveram acidentalmente, o desenvelhecimento de ratos geneticamente envelhecidos (vide Ronald dePinho e Ratos desenvelhecidos).

Envelhecimento retardado: como o nome diz, é o oposto da chamada Progéria. Entretanto, existe uma diferença fundamental: a progéria é sempre uma doença, enquanto o envelhecimento retardado pode ser uma doença, ou não. Pode ser até uma dádiva. Vejamos o caso de Richard Elixxir, estudado pelo gerontologista escocês David Weeks, referido em seu livro "Segredos dos Superjovens", de 1998, publicado no Brasil no final de 1999. Elixxir tinha a idade de 42 anos e a aparência de um jovem de 18 anos. Este caso foi por mim analisado em "Desenvelhecimento", no Pósfácio I, "Os Superjovens de David Weeks", à página 239. Nesta análise, demonstrei, matematicamente, que Elixxir tinha aumentado sua longevidade máxima para 280 anos, supondo que mantivesse dali para frente, o mesmo ritmo de descompasso entre suas idades cronológica e biológica. Sem dúvida, no momento atual, uma dádiva. 

Outro caso recente, publicado na internet pela BBC Brasil, em 13.08.15, é o do Sul Coreano Hyomyung Shin, de 26 anos cronológicos e que tinha a aparência de um menino de 10 anos. Informava a matéria que ele não tinha sido submetido a exames mais completos, apenas que fora considerado saudável pelos médicos. Pensemos este caso: se ele com 26 anos cronológicos, estava com 10 anos biológicos, não tinha atingido a idade de maturidade reprodutiva, a menos que pensemos que meninos de 10 anos já a possuem. Se sem a capacidade reprodutiva plena, podemos dizer que se trata de uma doença, pois impede a reprodução, se com o passar do tempo atingir os 17-18 anos biológicos, já será uma dádiva, pois teremos um caso de envelhecimento retardado ou paralisado similar ao caso Elixxir. A mesma matéria da BBC nos informa de outros casos, raros mas existentes, como a da garota Gabby Williams, de 10 anos, que pesa apenas 5 kilos e conserva a aparência de um bebê; e ainda o de Nicky Freemaman, de 44 anos cronológicos e aparência de 10 anos biológicos. Quanto a Gabby Williams, sem dúvida, estamos diante de uma doença. Quanto a Nicky Freeman, só o tempo dirá se é uma doença ou uma dádiva, assim como acontece com o sul coreano Shin. Segue o link da matéria: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150813_coreano_cara_de_crianca_lab

Epigenética: 

Equação do Desenvelhecimento: OXIGÊNIO + SUBSTRATO ALIMENTAR (SEM TOXINAS) = ATP + H20 + CO2, OU, OXIGÊNIO + GLICOSE = ATP + H20 + CO2. Vide Desenvelhecimento é possível?

Equação do Envelhecimento: OXIGÊNIO + GLICOSE = ATP + H20 + CO2 + RL, onde ATP = Adenosina tri fostafo (energia), H20 = água, CO2 = gás carbônico e RL = radicais livres. Esta é a equação "oficial" do envelhecimento. Vide Desenvelhecimento é Possível? 

Equação Tóxica do Envelhecimento: OXIGÊNIO + GLICOSE + TOXINAS = ATP + H2O + CO2 + RL, onde TOXINAS = MSH (Moléculas Susceptíveis de Hayflick). Vide "Desenvelhecimento é Possível?" e "A Inocência do Oxigênio". 

Era do Envelhecimento: período de 50 anos, 1975 a 2025, segundo a ONU, em Viena, em 1982, em Assembléia Mundial sobre o Envelhecimento, em função do aumento espantoso do contingente de idosos na população mundial, esperado para este período (Desenvelhecimento, pág.25). 

Frases de efeito: o autor possui uma pequena coleção de frases de efeito. Você pode acessá-la em  https://www.pensador.com/autor/leocadio_celso_goncalves/

Fundação Desenvelhecer: a criação desta fundação é uma das idéias para viabilizar o Projeto desenvelhecer. Será uma fundação sem fins lucrativos, com objetivos de promover estudos e propor soluções para as mudanças sociais que virão no pacote do "desenvelhecimento". Para citar apenas um exemplo: tomemos um idoso de 80 anos, aposentado e recebendo do inss e também com uma aposentadoria privada. Caso ele queira, e consiga, participar do programa a ser proposto para desenvelhecer, e desenvelheça, isto é, consiga voltar a ter o corpo, a aparência e a saúde que tinha em torno de 30 a 40 anos. Como ficará sua situação legal frente ao inss e à empresa privada que lhe paga aposentadoria? O inss e a empresa vão concordar em continuar lhe pagando aposentadoria? Mas ele não obteve estes direitos pagando por eles? Nossa legislação atual, e estamos citando apenas um caso específico, não prevê este tipo de situação, simplesmente porque quando foi elaborada o desenvelhecimento não existia, nem era previsto.

Então, torna-se óbvio que serão necessárias alterações em nossas leis que contemplem os interesses de ambas as partes, e principalmente, o interesse social.

E este ex-idoso, por enquanto hipotético, vai se contentar em continuar em casa e de pijama? Veja bem, ele está com seu corpo de 30-40 anos, pois reverteu o envelhecimento, mas, o conhecimento e a experiência adquiridos em seus 80 anos de vida não serão perdidos. Conhecimento e experiência de vida criam conexões sinápticas novas que não fazem parte do processo de envelhecimento (fazem parte do processo de desenvolvimento), consequentemente, não serão perdidas durante o processo. Resultado: uma pessoa, ex-idosa, com a idade cronológica de 80 anos e uma idade biológica de 30-40 anos. De novo, por assim dizer, com toda uma vida pela frente.

E o impacto econômico disso? Esta pessoa estará pronta, com conhecimento e experiência de 80 anos, para iniciar uma "nova vida" produtiva. Quanto mais ele não poderá produzir, ser útil à sociedade, e a si mesmo? Em sua nova vida ele terá a chance de corrigir muitos dos erros cometidos em sua "velha vida", em tese portanto, tudo que ele fizer nesta nova vida, fará muito melhor. Gerará mais riqueza, para si e para a nação.

Dá para ter uma idéia das mudanças sociais e econômicas que serão caroneadas pelo desenvelhecimento? Por isso a criação da Fundação desenvelhecer, para com seus estudos e propostas, promover-auxiliar uma transição tranquila, socialmente falando, de uma época de uma longevidade média pequena para outra época, de longevidade média muito maior do que até hoje se ousou imaginar.

Já existe, na Califórnia, a Fundação SENS, (Strategies for Engineered Negligible Senescence - Estratégias para Reparar Envelhecimento Insignificante) co-fundada por Aubrey de Grey em março de 2009. Outra entidade, também sem fins lucrativos, igualmente co-fundada por de Grey, é a Fundação Matusalém, que tem sede em Springfield, Virgínia, Estados Unidos. A principal atividade desta Fundação é o Matusalém Mouse Prize, um prêmio destinado a acelerar a investigação sobre intervenções eficazes para a exensão da vida através da atribuição de prêmios monetários para investigadores que aumentarem a longevidade de ratos para idades sem precedentes. (Fonte Wikipédia, 24.11.12)

Genética:

Gro Amdam: pesquisadora norueguesa

Guo, Peixuan: vide Nanocóptero

Hayflick, Leonardo: biólogo e gerontologista americano, autor de "Como e Por Que Envelhecemos", em 1994. Conclui seu livro dizendo que não sabemos por que envelhecemos e que eliminar o envelhecimento ou aumentar a longevidade é algo extremamente difícil e talvez não seja nem desejável (Desenvelhecimento, pág. 26).

Imortalidade, A Medicina da: título de um livro escrito por Ray Kurzweil e Terry Grossman em 2004, com o título de “Fantastic Voyage live long enough to live forever”. No Brasil lançado em 2006 com o título de A Medicina da Imortalidade. Kurzweil é renomado cientista e inventor, já comparado a Thomas Edison pela sua genialidade. Grossman é médico dedicado ao antienvelhecimento, fundador e diretor do “Frontier Medical Institute, em Denver, Colorado, uma importante clínica de longevidade.

O livro apresenta um programa para retardamento do envelhecimento e inovações tecnológicas que prometem revolucionar o processo do envelhecimento, anunciando que estas tecnologias estarão disponíveis nos próximos 20 ou 30 anos (2024 a 2034), passando a mensagem de que se você estiver vivo neste período, 2024 a 2034, poderá usufruir destas revolucionárias tecnologias e aumentar sua longevidade de forma a viver eternamente. Nas palavras dos próprios autores: “Muitos cientistas, inclusive os autores deste livro, acreditam que teremos os meios para deter, e até mesmo reverter, o envelhecimento nas próximas duas décadas” (2004 + 20 = 2024).

Os meios para se conseguir isso, segundo os autores, são o desenvolvimento da biotecnologia, que por sua vez levará à revolução da nanotecnologia. O título do livro, em inglês, foi inspirado numa obra de ficção científica chamada “Viagem fantástica”, de Isaac Asimov, de 1996. Neste romance um submarino miniaturizado, chamado Proteus, com 5 pessoas a bordo, é colocado na circulação sanguínea de um cientista em coma, com o objetivo de destruir um coágulo sanguíneo cerebral potencialmente fatal. (Fonte: A Medicina da imortalidade).

Comentário: Na opinião do autor deste site, temos que considerar, e fazer o devido "desconto" no otimismo dos autores de "A medicina da imortalidade", em função das considerações que se seguem. O livro foi publicado em 2004. O projeto genoma humano foi concluído em abril de 2003. Ora, não se escreve um livro deste calibre em somente um ano. Logo, a obra estava sendo escrita enquanto o projeto genoma humano estava em curso, não concluído ainda.

E havia na época uma expectativa muito grande, percebeu-se depois, exageradamente otimista em relação à conclusão do projeto genoma humano. Acreditava-se que "quase tudo seria possível", em termos biológicos, com a conclusão do projeto. Basta lembrar declaração do presidente Bill Clinton no anúncio da conclusão da primeira minuta (versão) da sequência completa do genoma humano, em 26 de junho de 2000: "Estamos hoje conhecendo a linguagem com a qual Deus criou a vida. De posse desse profundo conhecimento, a humanidade está no limiar de adquirir um novo e imenso poder de cura". Acreditava-se que se estava descobrindo o "manual de instruções" da espécie humana.

Porém, em 2003, ano de conclusão do projeto genoma humano, James Dewey Watson, que juntamente com Francis Crick e Maurice Wilkins, dividiu o Prêmio Nobel de medicina em 1962, pela descoberta da hélice dupla do DNA, lançava sua obra "DNA - the secret of life", publicada no Brasil em 2005 (DNA - O segredo da vida - Companhia das Letras). Nesta obra, em que relata a história da hereditariedade, começando pelos primórdios da genética, de Mendel até a pré-finalização do projeto genoma, Watson coloca, e explica porque, que "O corpo humano é de uma complexidade alucinante". Fazendo uma comparação da obra de Watson com a dos autores de A medicina da imortalidade, fica clara, para mim, uma disparidade de expectativas entre as duas produções, com Watson mantendo o "pé no chão" e os outros 2 autores alçando altos vôos imaginativos.

Claro que vôos amparados em descobertas e avanços surpreendentes na área da nanotecnologia. Mas parece que estes surpreendentes progressos nesta área fizeram os autores substimarem a "alucinante complexidade" de nosso organismo. Parece que eles apostavam no projeto genoma humano como o final de uma viagem, de onde poderiam começar outra. E não foi o que aconteceu. O projeto genoma humano revelou-se, quando concluído, em apenas uma estação, um ponto de parada numa viagem que ainda está muito longe de terminar. Que surpresas poderemos esperar com a finalização do Projeto Epigenoma Humano, lançado pouco tempo depois, sem muito alarde na imprensa?

Watson parece ter intuído o futuro, numa colocação que faz, se referindo à baixa contagem gênica humana revelada pelo projeto genoma humano, bem abaixo das expectativas da maioria dos geneticistas na época, inclusive dele. Nas palavras do próprio: "Na realidade, eu até sugeriria que existe uma correlação entre inteligência e baixa contagem gênica. Minha hipótese é que a inteligência - isto é, a posse de um centro nervoso decente - é que permite um funcionamento complexo, com relativamente poucos genes". Estes "poucos genes" são cerca de 35 mil, quando a expectativa inicial era de cerca de 100 mil, a dele, Watson, era de 72.415 genes.

Pois bem, 9 anos se passaram desde a publicação de "DNA - o segredo da vida". Neste período o que novas pesquisas e descobertas têm mostrado é que Watson tinha razão. Inteligência, embora possa ser definida de várias formas e até existam, de fato, várias formas de inteligência, tanto em diferentes seres humanos como nas diversas espécies animais, basicamente, em se tratando de humanos, pode ser equiparada à capacidade de pensar e sentir. E agir de acordo, de forma assertiva e resolutiva. Ou vice-versa: por exemplo, no caso da chamada inteligência motora, o sujeito não precisa pensar para que seu talento motor se manifeste, não fosse assim, qualquer um poderia tornar-se um Pelé, ou um pianista talentoso, e sabemos que isso não é verdade. Neste ponto, embora reconheça diversas formas de inteligência, penso que o conceito de inteligência não está sendo aplicado, aqui, com precisão. Em vez de uma inteligência motora, penso ser mais adequado falar em habilidade motora, habilidade que pode ser equacionada a talento. Assim, temos diversas habilidades ou talentos: motora de membros inferiores (jogador de futebol), motora de membros superiores (jogador de basquete, tênis), motora fina para as mãos-dedos (pianista, flautista ou outro instrumentista), etc.

Considerando que pensar e sentir são os precursores de nosso comportamento, e considerando que a terapia cognitivo comportamental se tem revelado como praticamente a única terapia da área psicológica cujos efeitos superam o efeito placebo, temos aqui um dos pilares, cartesiano, para compreendermos uma técnica de engenharia comportamental que possa mudar padrões de expressão gênica e epigênica, que é exatamente o que venho afirmando que é possível, para conseguirmos reverter o envelhecimento.

Não deixa de ser curioso que na capa do livro de Watson haja um holograma, um belo holograma, em que se visualiza, de acordo com o ângulo visual e a incidência da luz, uma hélice dupla (DNA) ou uma Abelha ... O livro não fala de abelhas, mas ele coloca uma abelha na capa do livro ... que fala de genética e do segredo da vida ... Mera coincidência ou Watson sabia algo das abelhas, que por alguma razão não podia ou não queria dizer? ... A descoberta de Gene Robinson, sobre o rejuvenescimento das abelhas, referida por Chopra em seu livro, nunca foi publicada, que eu tenha conhecimento, em periódico científico. A pergunta que fica é ... por quê? ... É pouco crível que Watson, estrela acadêmica de primeira grandeza não tenha tomado conhecimento da descoberta de Robinson. Por quê teria Watson querido associar a abelha ao DNA - segredo da vida? ... Veja o artigo do site "Uma abelha no teu futuro".

Impossível: conceito criado para denominar aquilo que ainda não foi feito, por falta de conhecimento e tecnologia para fazê-lo, ou de uma idéia que torne possível organizar e articular o conhecimento já existente com os recursos operacionais também já existentes.

Índice de Cornaro: índice obtido por este autor dividindo a idade de falecimento de Cornaro (vide Cornaro), 98 anos, por 35 (tempo médio de vida em sua época), obtendo o resultado de 2,8. Este quociente obtido foi pelo autor denominado índice de Cornaro. Nenhum autor em outra época conseguiu aumentar sua longevidade de acordo com este índice, o que significaria multiplicar a longevidade média de sua época por 2,8. Tomando a longevidade média dos Estados Unidos (em 1999), de 76 anos, e multiplicando pelo índice de Cornaro, teríamos 76 anos x 2,8 sendo igual a 212,8 anos. Não existe Cornaro moderno que tenha atingido a marca dos 212 anos. Do século XVI ao século XX, Cornaro foi imbatível (Desenvelhecimento, pág. 45). Atualização em 03.11.12: na segunda década do século XXI Cornaro continua imbatível. 

Jeanne Calment: É considerada a campeã da longevidade dos tempos modernos, tendo falecido em 1997 com 122 anos. Atualmente sua longevidade foi posta em dúvida após intenso trabalho de pesquisa feito por dois pesquisadores, o geriatra russo Valery Novoselov e o matemático Nikolay Zak. Eles acreditam que a filha dela, Yvonne, tenha roubado a identidade de Jeanne Calment, sua mãe, para evitar o pagamentos dos impostos imobiliários devidos com o falecimento da mãe. A "Jeanne Calment" falecida em 1997, seria, na verdade a filha dela, Yvonne. (Fonte: David A. Sinclair - Tempo de Vida - Por que Envelhecemos - E Por que não Precisamos - Rio de Janeiro (RJ) - 2021 - Alta Books Editora - Págs. XXX e 314) 

Juan Ponce de León: vide Ponce de León. 

K. Eric Drexler: vide Drexler e Nanotecnologia. 

Kirkwood: vide Tom Kirkwood. 

Leonardo Hayflick: vide Hayflick. 

Longevidade: tempo máximo de vida de uma espécie viva, animal ou vegetal. Para o ser humano a longevidade considerada é de aproximadamente 120 anos. Há relatos históricos bíblicos de que o homem já teve longevidade que ia até quase mil anos, estes relatos são aceitos por alguns e não aceitos por outros. Na opinião deste autor, argumentada e sustentada no livro "Desenvelhecimento", trata-se de fato histórico real. Neste mesmo estudo este autor demonstrou, por cálculos matemáticos simples, passíveis de confirmação por qualquer interessado, que Richard Elixxir, um "superjovem" da amostra do gerontologista escocês David Weeks em seu trabalho de 1998, publicado no Brasil no final de 1999, com o título de "Segredos dos Superjovens", já tinha estendido sua longevidade máxima para 280 anos (pág.243 de Desenvelhecimento). 

Luigi Cornaro: vide Cornaro.

McCay: pesquisador da Universidade de Cornell (Cornell University) e pioneiro nos estudos de aumento de longevidade em ratos. Em 1934 publicou seu estudo de que ratos de laboratório alimentados com dietas contendo quantidades normais de vitaminas, proteínas e minerais, mas com um teor extremamente baixo de calorias, cresceram mais lentamente e viveram muito mais do que os ratos alimentados com dieta normal, em alguns casos vivendo duas vezes mais. Mais tarde outros pesquisadores descobriram que a dieta de "restrição calórica", como foi chamada, tinha o mesmo efeito em várias outras espécies de animais, como peixes, bichos-da-seda, aranhas, drosófilas, rotíferos e dafne (Desenvelhecimento, págs. 46-47).

Medicina regenerativa:

Montemagno: vide Carlo Montemagno e nanocóptero

Nanotecnologia: termo criado por K. Eric Drexler na década de 1970 para delimitar campo de estudo de objetos microscópicos com menos de 100 nanômetros. Um nanômetro equivale a um bilionésimo do metro, aproximadamente o diâmetro de cinco átomos de carbono. Simplificadamente, trata-se de tecnologia microscópica, ao nível de moléculas. Segundo os autores de "A Medicina da imortalidade", estas tecnologias nos permitirão reprojetar e reconstruir, molécula a molécula, nosso corpo e cérebro. (Fonte: A Medicina da imortalidade).

Na opinião do autor deste site, quando os autores de Medicina da Imortalidade fazem colocação deste calibre, estão sendo vítimas do que chamo "Sindrome de Silverstein" (vide "Desenvelhecimento é possível?"), que profetizou em 1979 que no ano 2000 alcançaríamos a emortalidade e a conquista da morte.

Nanocóptero: dispositivo microscópico precursor de um tipo de "submarino" microscópico em desenvolvimento para navegar na circulação sanguínea, do tamanho de uma célula do sangue. Desenvolvido na Universidade da Califórnia pelo engenheiro biomédico Carlo Montemagno. Teria a função de realizar manobras médicas críticas dentro do corpo humano. Seu propulsor é de níquel e o motor do tamanho de um vírus. Como fonte de energia usa a própria molécula de ATP (Adenosina tri fosfato), uma molécula natural que armazena energia retirada de fontes alimentares. O virologista Peixuan Guo, da Universidade Purdue criou um nanomotor guiado por controle remoto, que já usou para conduzir o dispositivo dentro de células para destruir o vírus da hepatite. Os nanocópteros são chamados pelos especialistas em nanotecnologia de nano robôs, e prevê-se para o futuro, a construção e o envio de milhares de unidades pela circulação sanguínea, em missões de inspeção, reparo e reconstrução celular. Estes nano robôs permitirão a criação de ambientes de realidade virtual, isto é, poderemos ver, pelos olhos destes submarinos microscópicos, como se estivéssemos dentro deles, e assim controlar seus movimentos. A nível macroscópico, isso já é feito hoje com as chamadas armas inteligentes, que são controladas pelos soldados operadores à distância. (Fonte: A medicina da imortalidade)

Estas técnicas, de inspeção, reparo e reconstrução fazem parte da medicina regenerativa do futuro. É a chamada engenharia regenerativa e é um dos focos principais, defendidos por Aubrey de Grey, onde ele substancia sua crença na capacidade de aumentarmos nossa longevidade para milhares de anos.

Na opinião do autor deste site, os autores de A medicina da imortalidade subestimam a máquina biológica, que chamamos de corpo, ao fazerem afirmações como esta: "A biologia usa um conjunto limitado de proteínas para todas as suas criações, ao passo que podemos criar estruturas dramaticamente mais fortes, rápidas e complexas". Seríamos, segundo esta colocação, capazes de superar nosso Criador. Na minha opinião uma criatura jamais superará seu criador. Claro que os autores de A medicina da imortalidade partem de premissa diferente, a de que somos produtos da famosa evolução natural de Darwin. Partindo desta premissa, que somos produtos do acaso evolutivo não fica difícil pensar que possamos ser melhores, afinal, ser melhor que o acaso é perfeitamente pensável. A grande questão, ainda pendente, é se a premissa é correta, já que a teoria de darwin nunca foi confirmada.

Nano robôs: vide nanocóptero

Nematódeo: tipo de verme usado para o estudo da biologia do envelhecimento. Vide Caenorhabditis elegans.

Okinawa: ilha do Japão onde se encontra o maior número de centenários do mundo. A população desta ilha possui hábitos alimentares que estão dentro daquilo que chamamos de Restrição Calórica. (vide restrição calórica).

Peixuan Guo: vide Guo e Nanocóptero

Pensamentos: o autor possui uma pequena coleção de pensamentos. Você pode acessá-la em https://www.pensador.com/autor/leocadio_celso_goncalves/

Período pré-patogênico: período que antecede a época em que uma doença se torna diagnosticável clinicamente, por algum sintoma que apresente, ou por detecção em algum exame de laboratório realizado em fluidos corporais (sangue, liquor, saliva, etc) ou em exames de imagens tipo raio x, tomografia, ressonância magnética, etc. É chamado também de “período silencioso”, de período de latência de uma doença, ou ainda de período assintomático. Resumindo: você já está doente, mas ainda não sabe. Para quem gosta de metáforas: a flecha já foi disparada em sua direção, mas ainda não lhe atingiu.

Pílula da juventude: em cerca de 3 anos (2016) o laboratório farmacêutico Sirtris Pharmaceutical deverá lançar no mercado uma pílula que imita os efeitos da Restrição Calórica, mesmo que as pessoas continuem a se alimentar normalmente, embora não elimine a obesidade. O princípio ativo será o Resveratrol, uma substância já conhecida e que é encontrada na casca da uva roxa. Há evidências de que o Resveratrol possui efeitos benéficos no sentido de reduzir doenças cardíacas, derrames, doença de Alzheimer, diversos tipos de câncer, perda de audição e osteoporose. Faltam estudos em humanos, ainda, embora o estudo em animais tenha se mostrado promissor (Revista Galileu, edição de fevereiro de 2011).

A Scientific American Brasil, edição de fevereiro de 2012, em matéria de capa intitulada "A fonte da juventude", que focaliza essencialmente a rapamicina, cita também o resveratrol, mas não confirma, nem desconfirma o conteúdo da revista Galileu, citada acima (Veja também "Elixir da juventude").

Ponce de León, Juan: explorador espanhol que viveu de 1460 a 1521 e que ficou famoso por sua busca em terras da América, da fonte da juventude, uma fonte misteriosa que proporcionaria àqueles que nela se banhassem, a juventude eterna, segundo relatos de nativos de Porto Rico. Claro que nunca a encontrou, os relatos dos nativos eram lendários, portanto metafóricos, e Ponce de León os interpretou literalmente, sua mente era de soldado e explorador, apenas.

Ponto de envelhecimento: momento de inversão em que o processo do desenvolvimento do organismo, que é anti-entrópico (construtivo), muda e passa a ser entrópico (destrutivo), dando início ao processo de envelhecimento. De acordo com este autor, está localizado entre o momento em que o organismo amadurece e torna-se pronto para a reprodução, e o momento de maturidade plena, em termos biológicos, que situa-se perto dos 25 anos de idade. Está portanto, entre o final da adolescência e a maturidade biológica, sendo variável de indivíduo para indivíduo e de povo para povo, estando condicionado a variáveis individuais ou coletivas, genéticas e/ou ambientais. 

Progéria: síndrome em que ocorre uma aceleração no processo de envelhecimento, as pessoas acometidas envelhecem e morrem em fases iniciais da vida. São extremamente raras e acometem crianças de ambos os sexos e de qualquer raça, que têm um tempo médio de vida de 12 a 13 anos, e que morrem envelhecidas nesta faixa etária, sendo as causas de morte as mesmas da populaçãol idosa normal (Desenvelhecimento, pág. 227).

Radicais livres:

Rapamicina: substância produzida por uma bactéria descoberta na ilha de Páscoa, que possui a capacidade de prolongar a vida em diversas espécies, entre as quais camundongos de laboratório. Atualmente descartada como candidata a droga anti envelhecimento pelos seus efeitos colaterais, pois entre outros efeitos, pode aumentar o colesterol, causar anemia e interferir no processo de cicatrização (Scientific American Brasil, fevereiro de 2012).

Ratos desenvelhecidos: ratos manipulados geneticamente de forma a não produzirem uma enzima chamada telomerase, apresentaram a doença progéria, uma doença em que o envelhecimento é acelerado. Estes ratos foram, numa experiência, comparados com ratos normais e após a administração da enzima telomerase (previamente desativada geneticamente), reverteram o envelhecimento. Foi a primeira demonstração, em tempos modernos, de que o envelhecimento é reversível. Vide Ronald dePinho.

Resiliência:

Restrição calórica: dieta com redução significativa no número total de calorias, ficando entre 1200 a 1400 diárias. Existe uma Sociedade de Restrição Calórica, com matriz nos Estados Unidos. Os dados divulgados por esta sociedade revelam, em seus associados, queda significativa da pressão sanguínea, perda de quase 70% da gordura corporal e redução de 80% do nível de insulina no sangue. Em Okinawa, arquipélago japonês, um prato típico de seus habitantes possui 17% menos calorias que no restante do Japão, e é o local onde se concentra o maior número de centenários do mundo, numa proporção de 50 para cada 100 mil,  percentual que é de 10 para 100 mil nos demais países. (Revista Galileu número 2351, de fevereiro de 2011). 

É atualmente considerada, de forma unânime pelos pesquisadores, quase que a única forma conhecida de se alterar a longevidade máxima em animais e possivelmente em humanos. Até 2010 a outra forma seria a manipulação genética em vermes e moscas-das-frutas. Em 2010 pesquisadores de Harvard reverteram, pela manipulação genética, o envelhecimento em ratos de laboratório.

A restrição calórica ganhou o palco dos estudos sobre envelhecimento em 1934 com os estudos científicos pioneiros de McCay e colaboradores na Cornell University, e prosseguem até os dias atuais, sendo atualmente a vedete dos expoentes no estudo da busca da pílula da juventude. Passou, portanto, pelo teste do tempo.  

Resveratrol:

Ronald dePinho: pesquisador da Escola de Medicina de Harvard que coordenou a pesquisa onde se conseguiu, pela primeira vez, desenvelhecer ratos de laboratório. A experiência que conduzia era sobre a doença Progéria (envelhecimento precoce), sua equipe tinha produzido, via manipulação genética, ratos com progéria pela inativação da produção de uma enzima, telomerase. Quando esta enzima foi ativada (por administração exógena), nos ratos já progerianos, esperava-se que o envelhecimento precoce e acelerado fosse desacelerado ou pelo menos estabilizado. Não se esperava que fosse revertido, isso foi surpresa, como acontece em muitas grandes descobertas científicas. O estudo foi publicado na revista Nature no final de novembro de 2010. DePinho foi enfático: "é possível imaginar que um homem de 90 anos voltaria a ter a saúde que possuía aos 40 ou 50". Falta ainda testar em humanos e driblar o câncer, que se alimenta de telomerase.

Sou extremamente grato a DePinho e sua equipe, por várias razões: primeiro porque ele pertence a uma universidade de primeira linha e excelência reconhecida mundialmente. Segundo porque sua experiência demonstrou de forma incontestável que o envelhecimento é reversível (que foi o que afirmei em 1999). E finalmente por sua frase "é possível imaginar que um homem de 90 anos voltaria a ter a saúde que possuía aos 40 ou 50". Esta frase, bálsamo para meus ouvidos, ressoa o que venho afirmando desde 1999: que é possível trabalhar com um grupo de pessoas idosas, com idades de 80 a 90 anos, sob certas condições e por determinado tempo e ao final do processo, que denomino engenharia comportamental, estes idosos terão a aparência física, inclusive a saúde, que tinham em torno de 30-40 anos, obviamente conservando toda a experiência de vida e conhecimento dos 80-90 anos, pois isto, experiência e conhecimento, por ser o resultado de criação de novas sinapses, que não fazem parte do processo do envelhecimento, não se perde durante o desenvelhecimento. O significado disto pode ser melhor avaliado se pensarmos que ao final do processo os idosos cronológicos, não mais biológicos, terão aprendido a conservar seu corpo desenvelhecido, podendo optar ou não por fazê-lo, isto é, poderão optar por, depois do processo, voltarem a envelhecer gradativamente como antes, ou por paralisarem o processo do envelhecimento. Como já expus em "Desenvelhecimento é possível?", teremos que lidar, ineludivelmente, com as consequências de curto, médio e longo prazo desta realidade que está mais próxima do que muitos imaginam. Como bem disse Aubrey De Grey, o homem que vai viver mil anos já nasceu, e tem entre 50 e 60 anos. Arrisco e me atrevo dizer que pode ter bem mais que 60.

Roy Walford: vide Walford. 

Ser Humano Informacional: O ser humano é a soma de infinitas informações que vão sempre interagindo, dia e noite, a uma velocidade que nossa mente consciente é incapaz de acompanhar e processar, talvez até de compreender, e mesmo de imaginar. (Fonte: livro a ser lançado pelo autor, sobre reversão do envelhecimento; 22.03.23) 

Silverstein: vide Alvin Silverstein. 

Simone de Beauvoir: autora do clássico “A Velhice”, em 1970.

Sub: prefixo latino com significado de insuficiência na área nutricional. Fora desta área tem outros signficados (posição inferior é o mais comum), como exemplos temos subchefe, subsolo, subaquático, subdesenvolvido, subjacente, etc.

Subnutrição: o prefixo latino sub é usado no sentido de insuficiência, logo subnutrição é nutrição insuficiente, de menos. Usualmente é usado como sinônimo de desnutrição (desenvelhecimento, pág. 217). 

Teoria Informacional do Envelhecimento: Teoria do autor, com um enfoque totalmente novo e inédito sobre o Envelhecimento, a ser apresentada em breve em novo livro sobre Reversão do Envelhecimento, a ser publicado pelo autor. Trata-se de uma teoria formulada com base em equações matemáticas simples (mas muito esclarecedoras) e casos clínicos documentados ao longo da história, casos estes que darão sustentação, comprovando à hipótese formulada pelo autor. (05.04.23). 

Telomerase: enzima que tem a função de reparar os telômenos após as divisões celulares. As fases da vida que requerem mais divisões celulares são a gestação e a infância, consequência direta é que são nestas fases que a quantidade de telomerase é mais intensa, reduzindo-se drasticamente logo em seguida à infância. Nos tumores cancerosos esta enzima volta a existir em grandes quantidades, sendo a responsável pelo crescimento anormal e intenso das células cancerosas, que se reproduzem num ritmo frenético e descontrolado. Algumas pessoas, por conta de sequência genética atípica têm menos telomerase desde a gestação, consequentemente irão envelhecer também mais rapidamente, sendo uma das causas, conhecidas, da origem genética do envelhecimento.

Telômero: cada cromossomo possui uma espécie de capa protetora que protege suas pontas. Esta capa é denominada de telômero. Foi descoberto que esta capa protetora, o telômero, possui relação direta com o envelhecimento, na medida em que a cada divisão celular esta capa telomérica vai sendo desgastada. Como o desenvolvimento e crescimento implica em divisões celulares, o organismo possui uma enzima chamada telomerase, que restaura os telômeros desgastados pelas divisões celulares. 

Tom Kirkwood: estudioso do envelhecimento desde 1974, da Universidade de Manchester (Inglaterra), é outro que também acredita, como nós, que o envelhecimento é reversível e evitável. Em seu livro, "Os melhores anos de nossas vidas" - Editora Record, 200l, às páginas 285-298 - desenvolveu no final, uma pequena novela que se desenrola numa época futura num mundo de emortais. Uma parte desta noveleta aparece na Scientific American Brasil – Especial juventude – Duetto Editorial - São Paulo (SP) - 2004 – págs. 46-51. 

Vermes: vermes nematódeos são usados para o estudo da biologia do envelhecimento. Veja Caenorhabditis elegans.

Walford: biogerontologista da Universidade da Califórnia que em 1987 iniciou uma dieta de “restrição calórica”. Falecido em 2004, aos 79 anos, de uma doença genética que provoca a degeneração do sistema imunológico (Revista Veja número 1992, de 24.01.07).

 

 

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